Da violência à fome, uma luta por sobrevivência




Em 2013 e 2014, parte da população do nordeste da Nigéria se viu obrigada a deixar suas casas para escapar de ataques do grupo Boko Haram e da contraofensiva lançada pelo governo nigeriano, que se intensificou no ano seguinte. Alguns fugiram para países vizinhos e milhares buscaram abrigo em Maiduguri e outras cidades do estado de Borno, no norte do país.



As pessoas se dividiram entre vilarejos remotos, imprimindo forte pressão sobre seus recursos, já limitados, e acampamentos recém-estruturados ou assentamentos informais não reconhecidos pelas autoridades locais, onde a oferta de assistência é pouca ou nula. Além de tudo isso, o cultivo para subsistência se tornou, praticamente, impossível, e os mercados foram esvaziados.



A falta de alimentos e de nutrientes essenciais levou a taxas alarmantes de desnutrição, uma doença que pode comprometer a resistência do paciente a outras enfermidades. Avaliações nutricionais realizadas por equipes de Médicos Sem Fronteiras de maio a outubro de 2016 revelaram que mais de 50% das crianças com menos de 5 anos em Borno apresentavam desnutrição aguda.



Diante da inação do governo e de outras agências de ajuda, MSF está distribuindo alimentos e água, atividades pouco usuais para a organização, mas essenciais na resposta à emergência humanitária em Borno. Nessa região, MSF ainda mantém 11 instalações médicas permanentes, e suas equipes fazem visitas regulares a outros cinco centros de saúde.



                                         
                                              Seja doador



               

        Como ajudar












Ad Code